Com os investidores começando a se voltar para o tema eleitoral doméstico, é possível que o risco institucional esteja sendo superestimado em detrimento dos desafios fiscais.
A estratégia de manter juros elevados por um tempo elevado pode não ser suficiente para alcançar a meta no próximo ano, gerando ruídos em torno da política monetária.
A expectativa de recessão nos Estados Unidos é um sinal de juros globais mais elevados, e não de alívio monetário. O FED não precisa evitar, mas sim garantir a desaceleração da economia.
Apesar de todos os ruídos gerados pela pandemia, há elevado consenso em relação à mudança do ciclo econômico global, reforçado localmente pela piora da renda, confiança e crédito.
A avaliação do governo tem sido negativamente afetada pela inflação e pelos ruídos políticos. Neste momento, a alta dos juros piora o quadro justamente em meio ao ciclo eleitoral.
Com a economia já ajustada pela recessão, a reforma da previdência é o que falta para ancorar as expectativas e permitir a continuidade da recuperação cíclica da atividade.
Apesar de o fim dos impulsos observados em 2017 terem corrigido o excesso de otimismo em relação ao crescimento deste ano, a recuperação segue seu ritmo gradual
A eleição deste ano não será uma escolha entre governos reformistas ou não reformistas. O risco principal é avançar pouco, gerando um ambiente de mediocridade econômica e política no médio prazo